Tendência

substantivo feminino

Aquilo que leva alguém a seguir um determinado caminho ou agir de certa forma; predisposição, propensão.

Depois de um ano de polarização e conexões desfeitas por conta de discussões sobre eleições presidenciais aqui no Brasil, tensão sobre o resgate de um time de futebol preso em uma caverna na Tailândia, e dos polêmicos vazamentos de dados de usuários em diferentes mídias sociais, nada melhor que começar a preparar o espírito para 2019.

Já que o FreelaEmCasa está aqui para falar de negócios, um bom ponto de partida é a análise das tendências do mutável mundo do marketing para o próximo ano, confira alguns dos destaques em ferramentas e tecnologias.

Mudanças no “Funil de vendas”

Representando um fluxo ou percurso de captação até o momento da compra de um produto ou serviço, os funis de vendas têm em seu modelo atual uma entrada que aceita qualquer indivíduo, engolindo literalmente o maior volume possível de pessoas, rejeitando ao fim da jornada uma fatia considerada imprópria diante de análises de lucratividade ou afinidade.

O interesse pela conversão traz a reboque a rejeição, uma vez que o consumidor busca construir relacionamentos reais e confiáveis com as marcas que consomem, e definitivamente não quer ser ignorado. A tendência é que ao invés de atuar com um “funil” capaz de absorver o mercado consumidor sem restrição (e descartar a parte imprópria), as empresas aproveitem de forma mais eficiente o conteúdo para atingir públicos de nicho, como uma estratégia mais sustentável e otimizada.

Conteúdo como combustível para uma comunicação em duas vias

Já faz algum tempo que somos constantemente lembrados sobre a importância do conteúdo para as estratégias de marketing, como forma de nutrir o público de conhecimento, inspirar ou provocar suas ideias e curiosidade.

É importante ter em mente que não basta disponibilizar conteúdo esperar pelo feedback, é necessário incentivar a participação, as discussões e o compartilhamento. O conteúdo é um caminho para a comunicação bidirecional, importante no fortalecimento da confiança consumidor x marca, e para permitir que o mercado perceba a essência do seu negócio.

Chatbots na crista da onda

Diante de um mundo onde a comunicação é cada vez mais dinâmica, clientes demandam atendimentos com mais agilidade e objetividade, trocando a comunicação via telefone ou e-mail por solicitações através das mídias sociais ou sites, onde muitas das vezes encontram chatbots dotados de Inteligência Artificial, capazes de responder perguntas e atender solicitações com agilidade.

Segundo a Grand View Research¹, o mercado de chatbots espera atingir U$1.25 bilhões até 2025, crescendo a uma CAGR (Taxa Composta Anual de Crescimento) de 24,3%. Além de permitirem uma redução nos custos operacionais das empresas, o atendimento automatizado por chatbots já agrada uma boa parcela dos consumidores.

¹ https://www.grandviewresearch.com/industry-analysis/chatbot-market

Inteligência Artificial

Cada vez mais precisa e eficiente na análise de dados (e cada vez mais dados!), a AI ganha ainda mais destaque tanto na execução de tarefas de alta complexidade, como diagnósticos médicos, quanto em tarefas aparentemente simples como sugerir a próxima série que você deve assistir na Netflix, por exemplo.

Útil para monitorar os padrões de ações do consumidor na web, e ajudar na compreensão do seu comportamento em tempo real, a Inteligência Artificial permanecerá em alta (em 2019 e nos próximos anos!).

Segurança da Informação

Garantir a segurança da informação é um dever das empresas, que precisam agir de forma ética e respeitar a privacidade, dados e detalhes financeiros dos usuários, ainda que nem todas se comprometam com tal responsabilidade. Com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) entrando em vigor na Europa, o consumidor está mais atento em como as empresas lidam com suas informações.

Falar sobre a segurança promovida pelo seu negócio, seja através de tecnologias, investimento ou mesmo pela ética no tratamento dos dados, trará conforto e segurança para a experiência de consumo.

Pesquisas de voz em alto e bom som

A Search Engine Land indica que as vendas de comércio por voz nos Estados Unidos atingiram U$1.8 bilhão em 2017 com uma projeção de U$40 bilhões até 2022. A busca por voz já correspondia em 2016 a 20% do volume de pesquisas do Google, muito provavelmente impulsionado pelo crescimento de 40% no número de usuários que começaram a utilizar os assistentes virtuais em meados de 2015.

Depois de muito se falar em palavras-chave, é vital que as estratégias de marketing envolvam também a otimização de sites para as pesquisas por voz.

Vídeos verticais

Utilizando por décadas a TV como primeira tela, começamos com as antigas caixas, quase quadradas, substituídas posteriormente pelo formato widescreen, com proporção 16:9, que acabou estabelecendo um padrão de consumo de vídeos horizontais.

Hoje a internet ganha cada vez mais espaço como fonte de entretenimento audiovisual, e um estudo realizado pela Provokers indica que o consumo de vídeos online no Brasil cresceu 135% entre 2014 e 2018, com o tempo médio aumentando quase cinco vezes mais do que o crescimento do tempo dedicado à TV no mesmo período.

A forma como consumimos vídeos atualmente, somada à popularização dos smartphones impacta de tal maneira as plataformas multimídia, que Instagram e Youtube cederam e permitem a utilização de vídeos verticais, explorando toda a tela dos dispositivos sem a necessidade da rotação.

A vez da geração Z

Nascidos, em média, entre os anos de 1990 e 2010, a Geração Z está amadurecendo, começando a entrar no mercado de trabalho e logicamente ganhando poder de compra. Para conquistar a posição de “queridinha da Geração Z”, as marcas precisam ter em mente que os jovens buscam autenticidade e estão atentos a responsabilidade social.

Crescendo em um mundo assustador, com a economia em dificuldades em vários pontos do globo, é mais provável que o consumidor da Geração Z se volte para empresas que atuem para tornar o mundo um lugar melhor.

Pesquisas visuais

Não são apenas as pesquisas por voz que chamam a atenção com o crescimento, as pesquisas visuais também estão decolando. Há bastante tempo o Google permite a busca de imagens reversas, mas a nova tecnologia de câmeras também possibilita que fotos do “mundo real” sejam pesquisadas para obtenção de informações.

O Pinterest lançou o Lens, onde seus usuários teriam realizado mais de 600 milhões de pesquisas mensais. Para aproveitar o embalo da pesquisa de imagens é importante otimizar imagens de sites e mídias sociais para SEO.

Marketing de Influência

Estratégia clássica para mídias sociais, o marketing de influência está mudando. Os negócios que antes buscavam celebridades para convencer pessoas sobre produtos e serviços começam a buscar parcerias com pessoas reais, os micro-influenciadores, num processo natural diante de um consumidor mais antenado e consciente da abordagem publicitária nos feeds.

Quanto às estratégias utilizando influenciadores, é natural que sejam maiores as chances de que uma mãe prefira considerar as opiniões e pontos de vista de alguém com quem se identifique de fato, e que corresponda à sua realidade diária.

Considerações finais

É muito fácil notar que a tecnologia se faz cada vez mais presente tanto na elaboração das estratégias de marketing quanto nas ferramentas utilizadas nas fases de execução e monitoramento, permitindo que dados sejam convertidos em conhecimento e utilizados de maneira precisa, evitando desperdícios e viabilizando ações sustentáveis para o posicionamento de marcas diante de seus consumidores.

Em 2019, sejam quais forem as tendências de mercado, estaremos aqui buscando qualificação contínua, prontos para atender a empreendimentos de qualquer porte de maneira sustentável, em compromisso à #CausaFreela e nossa proposta de qualidade.

E você, empreendedor, preparado para o próximo ano?

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