Acesso a informação é uma característica dos tempos em que vivemos, assim como a capacidade das redes sociais em influenciar cenários diversos, como política, meio ambiente ou mesmo o universo corporativo e seus resultados. Apesar de tal liberdade do saber, grande parte dos empreendedores se mantém refém das mesmas estratégias de sempre, baseadas em anúncios de interrupção como revistas, e-mail marketing, rádio e TV, investindo de forma quase exclusiva em variações de “ataque” ao target.

Para a felicidade do empreendedorismo, há cerca de 15 anos, Seth Godin (fundador da Yoyodyne, uma das primeiras companhias de marketing online, vendida posteriormente ao Yahoo) já desbancava os anúncios de interrupção como “A” solução para a comunicação, através do lançamento do seu conceito de Marketing de Permissão, onde a estratégia seria dirigida a voluntários ao recebimento da mensagem, conquistados por algum atrativo como brindes, sorteios e etc.

Apesar de campanhas tradicionais surtirem efeito mesmo sendo fundamentadas em broadcasts, seu custo pode ser considerado elevado para empreendimentos de menor porte e a energia dispensada para obter resultados não é aproveitada de forma plena quando comparadas ao uso do Inbound Marketing.

Ok, mas o que é esse tal de Inbound Marketing?

O conceito surgiu em 2005 (por Brian Halligan, CEO da HubSpot), e ao contrário do Outbound Marketing, é “direcionado para dentro” da companhia assumindo que o poder concentra-se cada vez mais nas mãos do consumidor, que escolhe o conteúdo que consumirá, por mais que fortunas sejam investidas em anúncios de TV, por exemplo. O número de canais e alternativas de comunicação disponíveis para o público aumentou de tal forma, que nada além do que realmente seja de seu interesse vai prendê-lo ao anunciante.

Em outras palavras, o conceito prega que cabe às empresas produzir conteúdo capaz de conquistar o interesse do público, ao invés de apenas lançar de fato um produto ou serviço sobre ele utilizando a mídia. O Inbound Marketing ajuda na construção de uma relação mais sólida e de referência, uma vez que o primeiro contato do público pode carregar um potencial de conexão através do atendimento de sua demanda por conhecimento, por exemplo, quando chegamos a um e-commerce de refrigeração através de uma publicação sobre o cálculo do consumo de energia em seu blog.

Mas meu produto já possui qualidade reconhecida e o preço é compatível com o mercado em que atuo, ainda assim vou precisar me preocupar em gerar conteúdo para o público?

A resposta é relativamente simples e muito direta, Sim! Principalmente quando olhamos para a evolução do consumo nos últimos tempos e o que ocorreu a conceitos como fidelização. Hoje há acesso quase irrestrito à informação, e na contramão dos canais tradicionais de comunicação com altos custos de logística, veiculação e produção, a internet possibilita a execução de estratégias de grande alcance a custos muito mais baixos, o Inbound custa em média 62% menos que o Outbound Marketing. Desta forma, as marcas estão amplamente suscetíveis à pressão das estratégias dos concorrentes, inclusive dos novos entrantes, principalmente quando estes utilizam os meios digitais embarcando no poder de multiplicação das redes sociais, por exemplo.

É importante compreender a necessidade do fortalecimento da relação de lealdade marca x consumidor, como via para a criação de laços que favoreçam seu retorno mesmo após a experimentação de similares (acredite, em muitos segmentos é apenas uma questão de tempo para que o cliente experimente outros produtos!). Assim como nas relações humanas de forma ampla, a lealdade é construída através de uma relação de confiança, responsabilidade e doação, variáveis que felizmente podem ser gerenciadas nas relações de consumo, com a combinação certa de estratégias.

Conheça três critérios que podem ser utilizados para fortalecer sua estratégia de Inbound Marketing

Integração (real) das Redes Sociais à estratégia

Optar pela presença de uma marca em redes sociais é uma medida que precisa ser adotada com responsabilidade, além de dimensionada de maneira precisa como uma peça importante para o sucesso da estratégia de comunicação, caso contrário se tornará apenas uma versão da marca em um universo paralelo, sem a geração de resultados positivos.

Conteúdo de qualidade

Bem antes da compra de um produto ou serviço, o consumidor moderno já está disposto a consumir informação, portanto, oferecer conteúdo de qualidade, com fácil acesso e a linguagem apropriada permitirão que a marca suba alguns degraus rumo à posição privilegiada de referência na mente do consumidor.

A qualidade quanto ao conteúdo da mensagem não está restrita a um canal ou outro, deve tornar-se um critério a nortear toda a comunicação. Um artigo interessante no blog, por exemplo, precisa ser apresentado à altura em todos os aspectos, seja na linguagem verbal ou não verbal.

Não esqueça do SEO (Search Engine Optimization)

Com um bom trabalho de otimização do site para os mecanismos de busca, utilizando tags valiosas do conteúdo como palavras-chave relacionadas às suas atividades, a marca aumenta de forma significativa suas chances de obter um melhor posicionamento nos resultados em buscadores. A importância de tal preocupação com a estratégia de SEO se deve ao enorme número de resultados similares em buscas na maioria dos segmentos, na prática podemos dizer que ou você assume o topo da lista, ou certamente seu concorrente o fará!

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